Detalhes do Trabalho
Título PT-BR:
Perspectiva da puérpera frente ao nascimento prematuro e os cuidados com o recém-nascido
Autor:
Alinne Mendes Araújo; Carolaine Gabriele Ferreira Vicente
Orientador:
Jaqueline Helen Viana.
Titulação do Orientador:
Especialista
Curso:
Enfermagem
Tipo de Trabalho:
Trabalho de Conclusão de Curso
Assunto:
Prematuridade / Puérpera / Cuidados de Enfermagem / Humanização da Assistência
Ano de Defesa:
2023
Biblioteca:
Digital
Área de Concentração:
Ciências da Saúde
Linha de Pesquisa:
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Resumo:
Introdução: A prematuridade é um dos fatores que pode interferir no desenvolvimento do vínculo mãe-bebê, já que muitas vezes se configura como um acontecimento traumático para esta mulher que enfrentará dificuldades, como a possibilidade da não sobrevivência desse recém-nascido. Diante da internação do filho na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, a mãe pode sentir-se impossibilitada de cumprir sua função materna, sentindo-se exonerada da tarefa de oferecer ao bebê os cuidados necessários para sua sobrevivência. Metodologia: Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no Hospital das Clínicas Samuel Libânio em Pouso Alegre-MG, com puérperas que tiveram parto prematuro e que os recém nascidos estiverem internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou na Unidade de Cuidados Intermediários mediante resposta do questionário sociodemográfico e pergunta principal: “Qual sua visão a respeito dos cuidados com o recém-nascido prematuro?” A coleta de dados foi realizada em agosto de 2023 e os dados interpretados de acordo com a análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Participaram do estudo 21 puérperas de recém-nascidos prematuros internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e na Unidade de Cuidados Intermediários do hospital de referência. Dentre elas, 17 (80,95%) encontravam-se acompanhando seus filhos na Unidade de Terapia Intensiva e 4 (19,05%) na Unidade de Cuidados Intermediários. Da faixa etária dessas mães, 10 delas possuíam entre 30-35 anos (47,6%), 8 entre 20-25 anos (38,1%), 2 entre 26-30 anos (9,52%), 1 contava 18 anos (4,76%) e 1 contava 40 anos (4,76%). Do total de participantes, 16 delas (76,19%) informaram possuir profissão e 5 (23,81%) se declararam como “do lar”. De acordo com a escolaridade, 9 (42,86%) possuíam ensino médio completo, 1 (4,76%) ensino médio incompleto, 3 (14,29%) ensino fundamental incompleto, 6 (28,57%) ensino superior completo e 2 (9,52%) estavam cursando o ensino superior. Dentre elas, 13 (61,90%) já tinham outros filhos, 7 (33,33%) haviam passado por sua primeira gestação e 1 (4,76%) relatou ter sofrido aborto espontâneo em gestação anterior. Foi informado também que 10 (47,62%) das participantes eram casadas, 7 (33,33%) eram conviventes e 4 (19.05%) solteiras. Conclusão: Este estudo possibilitou uma amostra da visão da puérpera frente ao nascimento prematuro e aos cuidados com o recém-nascido, tendo sido observado que existem a questão do medo e da insegurança por parte das mães frente à delicadeza e à aparente fragilidade desse bebê pré-termo e as preocupaçoes com o futuro da saúde dessa criança, mas que também é preciso considerar os danos psíquicos e emocionais vivenciados por elas diante de todo o contexto que se inicia desde o nascimento pré-termo do filho. Perante esse cenário, os profissionais de saúde têm papel fundamental no acolhimento dessas mulheres, prestando a assistência o mais humanizada possível, havendo necessidade de que os profissionais de Enfermagem tenham esse conhecimento holístico e estejam preparados para oferecer o suporte conforme as necessidades humanas que no exercício da profissão lhe serão apresentadas.
Palavras-Chave PT-BR:
Prematuridade / Puérpera / Cuidados de Enfermagem / Humanização da Assistência