Detalhes do Trabalho

Título PT-BR:
Educação inclusiva no ensino superior: uma análise da formação e atuação docente

Autor:
Kamila Alessandra Maia

Orientador:
Atílio Catosso Salles

Titulação do Orientador:
Dr.

Curso:
Mestrado em Educação, Conhecimento e Sociedade.

Tipo de Trabalho:
Dissertação

Assunto:
Inlusão / Formação docente / Atuação docente / Ensino Superior.

Ano de Defesa:
2022

Biblioteca:
Digital

Área de Concentração:
Educação, Conhecimento e Sociedade

Linha de Pesquisa:
Ensino, linguagem e formação humana

Resumo:
O processo educacional inclusivo, enquanto concepção de educação contemporânea, consolidou-se após o ano 1994, tendo como marco histórico a Declaração de Salamanca, na qual a expressão - educação inclusiva - foi utilizada pela primeira vez. Esta concepção de educação possui como base o direito ao acesso, à participação e ao letramento de todos, incluindo, em salas regulares de aula, discentes com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação. A educação inclusiva demanda e envolve a ação de diferentes setores da sociedade que se relacionam de modo interdependente, dentre elas, destacamos a atuação docente. O objetivo geral foi investigar e analisar a formação e a compreensão do trabalho do docente numa perspectiva de educação inclusiva em três estabelecimentos de ensino superior, de diferentes áreas do conhecimento, sendo uma instituição pública e duas privadas, localizadas em uma cidade do sul de Minas Gerais. Optou-se por uma pesquisa de abordagem quali-quantitativa, do tipo exploratória, descrita e de campo, contando com a participação de 65 docentes atuantes no ensino superior. A análise dos dados quantitativos evidenciou, mediante análise estatística, um déficit na formação docente na perspectiva inclusiva, refletindo no despreparo para atuação do docente, no processo de instruir e na aquisição da aprendizagem, junto a alunos com deficiência no ensino superior. Dos docentes participantes, 63,1% são doutores, a maioria possui mais de 10 anos de formação e atua no ensino superior há mais de 10 anos. Segundo os resultados, 67,7% já atuaram junto a alunos com deficiência; no entanto, não se sentem preparados para atuar junto a alunos com deficiência (46,2% se sentem pouco preparados e 26,2% se consideram sem preparo) e mais da metade (correspondendo a 63%) dos docentes sentem dificuldade de atuar na promoção do ensino-aprendizado desses alunos; as deficiências que foram consideradas de maior dificuldade de atuação para os docentes foram as intelectuais e as auditivas. Os resultados qualitativos encontrados demonstraram que, na percepção dos docentes participantes, uma boa formação para atuar junto a alunos com deficiências se daria mediante a: Curso, Seminário, Oficina e Fórum; Educação Continuada; Vivência prática; Matriz curricular graduação e pósgraduação; Pesquisa e Estudo. Diante dos achados deste estudo, podemos inferir que a titulação, tempo de formação e atuação não traduzem necessariamente no preparo para lidar com alunos com deficiência, sendo, portanto, fundamental uma formação docente que vá muito além das capacitações, mas que perpassa pela formação inicial e continuada, numa abordagem tridimensional de ensino, extensão e pesquisa. Muito ainda há de se evoluir para uma real efetivação da educação inclusiva, a começar por uma efetiva formação e atuação docente na perspectiva inclusiva.

Palavras-Chave PT-BR:
Inlusão / Formação docente / Atuação docente / Ensino Superior.